domingo, 23 de agosto de 2009

Did my words not come out right?

Estou absolutamente exausto. Se ainda havia cartuchos para estourar nestas férias, acho que tenho feito tudo para acabar com eles... Tenho sido surpreendido por muitas situações e pessoas, a minha vida tem sido tudo menos monótona e desinteressante, verdade seja dita. Pode parecer insultuoso a muito boa gente, mas acho que ando a precisar de férias! :)

E hoje não dá para mais, estou sem cabeça para escrever, o que é sempre um bom sinal... *




segunda-feira, 10 de agosto de 2009

In the end, everyone ends up alone.

Voltei. Quase um mês depois, perto de dez mil kms percorridos, eis que me encontro novamente em casa. Foram umas longas férias, passadas como queria, bem longe daqui.

Tinha esperanças que o meu regresso fosse acompanhado por uma qualquer sensação de renovadas certezas quanto ao que quero fazer este ano. Tal não se concretizou. Venho mudado, porque tudo pelo que passei nestas férias me marcou, como experiência inesquecível (e a repetir) que foi. Conheci locais fabulosos, pessoas e situações simplesmente fantásticas que não irei esquecer tão cedo. Mas também sei que, apesar de tudo, muita coisa mais podia ter mudado. Uma pessoa normal ficaria satisfeita com tudo de positivo que retiraria duma aventura destas, mas eu não. Estupidamente, sinto-me amargurado por não ter sido perfeito, por ter falhado num ou noutro momento. É nisso que falo quando digo que me coloco perante padrões de exigência demasiado elevados... jamais estarei completamente satisfeito com o que quer que eu faça.

Fiquei com imensa, imensa vontade de virar costas a tudo o que aqui tenho, a tudo o que tenho planeado, a tudo o que tenho feito e partir, para longe, para recomeçar, ou talvez para dar um passo muito grande em frente naquilo que é a minha vida. Pessoal, académica ou profissionalmente, era o melhor que poderia fazer. Mas custa-me virar as costas à minha família, "abandonar" os meus pais, os meus sobrinhos, os meus poucos verdadeiros amigos. Eu sobreviveria, por assim dizer, mas não consigo ficar de consciência tranquila ao me afastar das únicas pessoas que me dão algum valor, sabendo que a minha ausência os iria "magoar" de alguma forma, particularmente no que toca à família.

Esta semana vou definir algumas questões quanto ao meu futuro profissional imediato. Tive uma oferta de emprego extremamente interessante, pela qual qualquer pessoa na minha área se esfolava em obter. Basicamente implica continuar a trabalhar no que tenho estado a trabalhar, apenas ligado a um grande grupo internacional. Se tudo correr bem, óptimo. Se não, sigo os meus projectos tal como os tinha definido nos últimos meses. Se isso implicará uma nova vida longe daqui, ainda não sei, mas é algo em que terei de pensar, em que me terei de mentalizar que possa vir a acontecer.



Ainda assim, e para terminar numa nota positiva, ao longo dos últimos meses tenho cada vez mais encontrado razões para sorrir, tenho ganho muito amor próprio, aquele mesmo que tanta falta me fez durante anos. Hoje sei quem sou, sei o que quero. Não sei como lá chegar e duvido que alguma vez tenha certezas sobre isso... de facto, tenho dúvidas que alguma vez alguém saiba verdadeiramente como atingir tudo a que nos propomos. De qualquer forma, tenho vivido a minha vida, lutado por mim. Não tenho medo de ser quem sou, apenas de estar sozinho...

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