terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Pragmatismos

Uma coisa é o que a vida é. Outra coisa é como a vemos. As nossas percepções variam consoante o nosso ponto de vista, o nosso estado de espírito, emocional, demais características pessoais e de circunstância. Acho que nunca saberemos se estamos a ver as coisas como elas realmente são ou se estamos com uma ideia distorcida das mesmas. Cada um é dono da sua verdade, por assim dizer.

Só assim explico como algumas pessoas são capazes de passear pela vida como um elefante numa loja de porcelanas, totalmente ignorantes do impacto que têm na vida dos que as rodeiam. Só assim explico como algumas pessoas sofrem, mesmo sabendo a razão do seu sofrimento e como a evitar. Não é uma crítica, atenção, porque também já estive assim. Sei bem que nem sempre é possível ser racional.

No entanto, no meio do meu pragmatismo recente (que é absolutamente fantástico, diga-se), certas situações irritam-me. Ver pessoas por quem nutro muito carinho sofrer estupidamente, por quem não posso fazer nada para além de tentar fazer ver vezes sem conta que há uma saída para os problemas, é muito frustrante. Ver que um amor pode tão facilmente ser uma obsessão, um ódio, ou algo entre estes pólos, também me confunde todo, porque nunca acreditei que tal coisa fosse possível.

A minha única verdade é que estou mesmo muito bem assim. Tenho pena que outras pessoas não possam estar como eu. Tenho pena, mas também esperança. Porque tudo muda e não há nada que não seja possível com tempo, não há nada que o tempo não cure (sei que um dia o irás perceber).

Beijinhos, abraços e boas entradas em 2009 para todos! ;)*

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Fim de linha.

Como costumo dizer, a vida é feita de ciclos e cheguei ao final de um. Estou num momento muito, muito bom. Estou melhor agora do que alguma vez nos últimos 10 anos. Mal posso esperar pelo ínicio de uma nova etapa. Esta última foi sem dúvida atribulada, mas foi marcada por uma espécie de "renascimento" pessoal. Não há nada a reconstruir, porque nada foi destruído. Perdi pessoas que amava, mas descobri verdadeiras e puras amizades. Hoje vivo uma vida livre de hipocrisias, encontros de conveniências, de pessoas interesseiras e mal intencionadas. Acima de tudo, tenho-o dito vezes sem conta, sinto-me leve, sem arrependimentos, sem mágoas. Estaria a mentir se dissesse que não foi difícil. Tive as minhas amarguras, mas não estou nem num estado mental, nem com vontade de querer guardá-las comigo. Para ser franco, devo muito a uma pessoa...

Tivemos as nossas divergências recentes, mas irei guardar comigo apenas e só os bons momentos que passei contigo. Acredites ou não, não consigo guardar ressentimentos. Amei-te desmesuradamente, mas quis o destino que não ficássemos juntos. O pouco tempo que partilhei contigo estará no meu coração e irei recordá-lo com carinho e saudade. Fizeste com que me superasse vezes sem conta. Provavelmente não terás essa noção, mas deste-me uma razão para viver, para ser melhor, para corrigir tudo o que sei serem os meus defeitos e falhas. Sei que ainda tenho um longo caminho pela frente, mas hoje sou uma pessoa melhor e devo-o principalmente a ti. Quero-te bem e desejo-te as maiores felicidades, do fundo do meu coração. Um muito Obrigado. Se me permites um pedido ao "Pai Natal", esse seria que não me recordes com amargura.

Não sei o que me espera o futuro imediato. Mas estou calmo e confiante. Estou entusiasmado com a minha vida, com a descoberta recente de uma série de pessoas fantásticas que quero conhecer melhor, com as imensas possibilidades profissionais e académicas com que me deparo. Quero de tudo um pouco! Sei que é irrealista e que não podemos ter tudo, mas apenas o facto de sentir este entusiasmo, vontade, é extremamente bom e já me deixa profundamente satisfeito. Quem me conhece de perto sabe a diferença que isto representa para mim em tão pouco tempo.

Seguindo a linha de pensamento de isto ser o culminar de um ciclo, vou deixar de postar aqui durante algum tempo. Apesar de tudo, isto está bastante ligado a tudo o que vivi durante os últimos tempos e quero encerrar esta fase da minha vida, para virar definitivamente a página. Se não regressar antes do Natal, deixo aqui e partilho o que é provavelmente a minha música preferida alusiva à quadra natalícia e que me enche de paz cada vez que a ouço e que é, sem dúvida alguma, para ouvir até ao fim...



Um Feliz Natal para todos! :)*

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

My thoughts you can't decode...

Dia longo, marcado por festejos, por preocupações, por momentos de calma e paz interior e outros bem o oposto disso. Teria sido um dia extremamente mau noutros tempos. Até acabou por não ser. Sei onde estou na minha vida, sei o que quero e o que não quero. Tenho perfeita noção das minhas limitações, da minha falta de auto-estima, até do próprio facto de eu ter momentos em que sou, de facto, uma nulidade. Nada disso é novo. É mais que óbvio que me sinto frustrado, quem não se sente? Só mesmo quem tiver tudo o que quer, a todos os níveis, o que é praticamente impossível. Mas para além das minhas limitações, também ganhei nestes últimos meses um conhecimento de mim mesmo que não tinha, de capacidades e, atrevo-me a dizer, virtudes que não sabia ter, ou que nunca quis sequer identificar. As pessoas mudam, e eu tenho mudado imenso. Nesse aspecto, estes últimos tempos foram bons. Posso dizer com alguma segurança que comecei a gostar um pouquinho de mim, que ganhei algum respeito pela minha pessoa e que, como tal, vou ser bem mais exigente com as minhas opções de vida daqui para a frente. Hoje não fico com algo por dizer. Mal ou bem, não me vou deixar consumir por tudo e por nada. Como em tudo, não há soluções radicais. Não vou abandonar quem me quer bem, vou cuidar dessas pessoas, fazer tudo o que for humanamente possível para lhes ser útil em toda e qualquer dificuldade que tenham na vida. E a partir de agora, não pactuo com pessoas, situações que me fazem mal. A vida é definitivamente muito curta para termos amarguras a atormentarem-nos.

É muito bom sentir que ao fim de um dia agitado consigo encontrar alguma tranquilidade, paz. Isto seria impossível há poucos meses. :)*

domingo, 7 de dezembro de 2008

Um pequeno desabafo.

Se alguma vez julgaste que eu podia fazer algo para te prejudicar, para te afectar de alguma forma remotamente negativa, então não me conheces, nunca me conheceste, nunca fizeste por me conhecer. Fico extremamente desiludido que com tanta confiança depositada em ti, tantos sentimentos que já exprimi vezes sem conta, tu ainda me julgues como escumalha, que tu ainda julgues que eu digo uma coisa e faço outra.

Parece-me que fui um capricho para ti. E não gosto que brinquem comigo desta maneira. Gosto pouco de me sentir usado e agradecia que não me usasses como bode expiatório dos teus próprios falhanços pessoais.

Acreditei sempre em ti, quando mais ninguém quis acreditar. Mas agora chega. Não te conheço, definitivamente. Não sei o que raio te deu para ficares assim e não quero mais saber. Fica com os teus momentos oportunos, apropriados, o que seja, que ficas bem.

Já que eu sou mentiroso, falso, e sabe-se lá que mais, também não perdes rigorosamente nada.
E sim, esta é para TI*


sábado, 6 de dezembro de 2008

Wandering mind.

Um jantar cheio de surpresas inesperadas...
Decisões inconscientes...
Um beijo numa noite chuvosa...
Os sentimentos antagónicos de tristeza e entusiasmo...
A luta por uma causa...
O sofrimento e lágrimas derramadas...
Uma audácia pouco característica...
Os momentos assustadoramente mágicos...
A partilha do sucesso...
Sorrisos por nenhuma razão...
O suave e efémero toque da felicidade...
Uma razão para ser melhor...
Dúvidas, medos...
Precipitações...
Silêncios...
Esclarecimentos...

Um pouco de tudo vagueia pela minha mente neste momento. Estou confuso, admito.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Justificar o injustificável.

Gostava de partilhar o que me vai na cabeça depois de um desabafo de uma amiga, hoje de manhã. Essa mesma pessoa anda com problemas no namoro e ligou-me a contar uma série de situações que eu achei, no mínimo, "curiosas". Em primeiro lugar, que sabia que o namorado a traía com regularidade. Em segundo lugar, que quando confrontado com isso, partia para a violência para cima dela. A única pergunta que lhe fiz foi... "e acabares com isso, não?"... resposta dela: "não posso, ele é a única pessoa que me compreende".

Ora, eu regra geral sou uma pessoa muito calma e paciente. Mas este tipo de situações tiram-me do sério... e infelizmente conheço uma série de situações semelhantes com pessoas conhecidas, muitas das quais por quem nutro muito respeito e carinho. Estas situações, assim como aquele estudo recentemente publicado pela Universidade do Minho, que diz que um em cada quatro namoros envolvem violência fazem-me questionar... mas será que esta gente é demente????

Saltou-me a tampa logo de manhã e fiz questão de dizer a esta minha amiga aquilo que digo aqui agora... não me venham com tristezas por situações semelhantes. As mulheres, no geral, têm culpa. Quem procura escumalha, encontra escumalha, não há volta a dar. Não me venham dizer que procuram amor, romance e romantismo, porque vezes sem fim vejo-vos atirar tudo porta fora e trocar algo de bom por algo que não lembra ao menino Jesus com um filho da puta qualquer. Os homens são uns cabrões, sem dúvida alguma, mas são porque os deixam ser e porque há uma total sensação de impunidade por o serem. A verdade é que vocês já não valorizam rigorosamente nada quem vos faz ou quem vos tenta fazer algo de bom. Criam relações com uns animais quaisquer, que de respeito, não vos têm nenhum, de carinho, só mesmo quando vos querem saltar em cima, e de amor, só mesmo no papel, em palavras ocas ou em mensagens. Querem o quê? Milagres? Digam-me muito sinceramente, do que raio estavam à espera???

E depois adoro quando tentam justificar o injustificável... lol.

Seriamente... não vos percebo.


Peço desculpa pela linguagem forte, mas eu hoje estou mesmo muito fodido e sem pachorra para estas merdas.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Faith, hope and everything in-between.

"If we really want to love, we must learn how to forgive."
Mother Teresa


Para finalizar um dia bastante introspectivo, chego à conclusão que tenho a minha alma bastante leve. Não estou preso por sentimentos negativos, de culpa, de arrependimento, de tristeza. Estou bastante bem comigo mesmo, em paz com tudo o que me rodeia. Sinto-me só, sim, mas a solidão é algo que faz parte da vida, algo que nos faz recordar que não somos "completos", já dizia um autor qualquer que agora não me recordo. Aceito perfeitamente tudo o que me aconteceu, de bom e de mau, todas as pessoas que entraram e saíram da minha vida ao longo destes anos, todas as situações com que sofri e desesperei. Nada disso me pesa neste momento. Não guardo rancores a ninguém. Sei quem me quer bem e quero ver-me rodeado por essas pessoas. O resto não me interessa, nem me atinge.

Sei que nem tudo pode ser como nós queremos. Já tive grandes planos de vida, outros mais modestos, nenhum funcionou exactamente como era suposto. Hoje limito-me a viver, com ambições, objectivos, desejos. Como os hei de atingir, não faço ideia, mas um dia irei descobrir.

Estou mais fechado em mim, mas ainda tenho um calor fervoroso a emanar do meu coração, não é segredo nenhum. É esse o lado positivo de estar apaixonado, sentir que sou capaz de tudo, por nenhuma razão lógica que o sustente, sentir que amo alguém de uma forma pura, sentir algo de inconcebivelmente bom dentro de mim e que me faz sorrir quando pouco mais o faz. É um sentimento muito meu, que irei guardar cá dentro com imenso cuidado até ao dia em que alguém o queira ou o tempo o levar.

E para lembrar outros tempos...



E agora cama, que amanhã é dia de trabalho. ;)*

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Subtilezas.

Hoje não é domingo, mas é como se fosse. Sendo o típico dia em que não se faz nada, tenho sempre uma tendência fantástica para ficar pensativo, nostálgico, melancólico.

Este fim de semana serviu para eu me aperceber que apesar de estar com uma atitude bem diferente perante tudo, nunca vou conseguir estar totalmente liberto daquilo que são os meus limites, do meu "código". Muito resumidamente, nunca farei aos outros o que não gosto que me façam a mim. Posso estar a perder oportunidades imperdíveis, das quais me posso eventualmente arrepender de não ter aproveitado, mas não posso em boa consciência fazer o que quer que seja. Não estou aqui para enganar ninguém, há muito cá dentro que ainda não resolvi.

Dito isto, sinto-me só. Por muito ocupados que sejam os meus dias, por muita gente que me rodeie, há sempre um momento em que fraquejo e me apercebo da fragilidade em que tudo assenta. E porque não sou nenhum especialista em estruturas, tenho feito os possíveis por eregir o meu edifício o mais solidamente possível. Mas não sei se os meus esforços serão suficientes.

Sinto-me diferente. Não sei se o facto de estar mais frio, mais fechado faz de mim melhor ou pior pessoa, sinceramente. Apenas sei que estou diferente...


"People are lonely because they build walls instead of bridges."


J.Newton


sábado, 29 de novembro de 2008

I used to know you so well...

Aproxima-se um dia importante para mim, apenas e só para mim. Por essa mesma razão, não me apetece particularmente celebrá-lo... apetecia-me sim utilizar o seu simbolismo para fazer algo que, provavelmente, toda a gente me dirá não devo fazer. Ora, a piada desta vida está em fazermos exactamente o oposto do que toda a gente espera que façamos, não? *Dúvida existencial*

Hoje foi um dia caricato. Fiz centenas de kms, fui a terrinhas que ficam literalmente no meio do nada e ainda consegui estar horas preso no trânsito. Imenso tempo para pensar. Há dias em que tudo corre bem, em que tudo na vida aponta num único sentido. Há outros em que acontecem coisas que me fazem questionar quase tudo... Esta é, sem dúvida, uma fase da vida marcada por incertezas. Não que eu nunca as tenha tido, mas agora são marcadamente profundas e importantes e estou a acusar um bocado o peso dessa responsabilidade. Decisões que eu tradicionalmente não gostaria de tomar sozinho, mas que hoje sei que tenho de assumir.

Há dias vi uma estrela cadente. Não sou particularmente supersticioso, mas gosto de acreditar que há coisas que nunca iremos compreender. Sempre que vejo uma, gosto de pedir um desejo, algo meu, profundo, íntimo até. Desta vez, pela primeira vez desde que eu me lembro, não consegui pensar em nada... Sintomático, talvez? Será que já nem eu próprio acredito em milagres?

;)*

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Coisas que me vagueiam na mente...

...que sinto falta de olhar nos teus expressivos e lindos olhos.
...que o teu suave aroma ainda me assombra.
...que segurar-te nos meus braços é algo que recordo com imensa saudade e carinho.
...que hoje compreendo muita coisa que não compreendi quando era suposto.

...que sou uma pessoa melhor graças a ti.
...que estou grato por me teres mostrado o caminho a seguir.
...que me fizeste acreditar em mim.

...que tenho saudades, duma palavra, dum olhar, dum beijo.


sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Projectos, objectivos, ambições.

Descobri que tudo está ao nosso alcance quando temos disponibilidade e clarividênca para o perceber. Pela primeira vez em algum tempo tenho a minha cabeça a correr com ideias, projectos, objectivos e ambições. É uma indescritível sensação... a de sentir que quero agarrar as possibilidades que tenho, que quero lutar por algo, que posso finalmente colocar as minhas capacidades em uso. Sinto-me com uma atitude destemida e arrogante perante a vida... e devo dizer que sabe muito bem.

Nada mudou. Continuo exactamente a mesma pessoa, o mesmo trengo afectivamente carente até mais não. Mas é impressionante o que uma diferente perspectiva consegue fazer. :)

O futuro será o que vier. Nem mais, nem menos. Tenho orgulho no que sou, no homem que me tornei. Vou fazer tudo ao meu alcance para ser bem sucedido e não vou olhar para trás. O que vier de bom, será bem recebido. O que vier de mau, será resolvido. Quem gostar, óptimo. Quem não gostar, que enfie uma rolha.

Passei anos a dizer que tudo na nossa vida era uma questão de atitude, perspectiva. Acho que só agora o estou a por em prática. Mais vale tarde do que nunca, sem dúvida.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Um acordar diferente :)

A vida nunca vai ser o que idealizamos. Na minha forma sonhadora de ver o mundo, quis sempre acreditar que os nossos ideias mais idílicos seriam sempre atingíveis. Hoje, aqui e agora, sei que não. Sei que os riscos que corremos na nossa vida são para serem assumidos, as opções são para serem feitas. Não importa o resultado, mas sim a forma como nos conduzimos durante esse período. Talvez mais importante do que isso, hoje sei que não vale a pena fazer balanços, análises de eventos e circunstâncias passadas. A vida é demasiado curta para perdermos tempo a olhar para trás...

...e eu já perdi imenso tempo a fazê-lo. Estou confiante quanto ao meu futuro, seja ele onde for, com quem for, como for. Estou sereno, porque não tenho qualquer peso na consciência e sei que só tenho de ter uma atitude positiva perante tudo para que, eventualmente, tudo me corra bem. ;)*

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Resoluções


Nunca tive problemas em admitir as minhas falhas, os meus defeitos. Nunca me escondi atrás de bonitas palavras e manifestos de intenções que nunca passaram disso, de efémeros instrumentos de decepção. Sou o que sou.

Errei numerosas vezes na minha ainda relativamente curta vida. Sei onde errei e procurei sempre retirar deles as devidas lições. Ainda assim, não sou o homem forte, assertivo que devia ter sido e que devia ser. As minhas inseguranças fazem-me pensar nos caminhos não tomados, tudo o que poderia ter sido diferente nos últimos anos, mas nunca deixei que isso me pesasse na consciência.

Se há uma coisa da qual me posso orgulhar, é a de que nunca pisei ninguém para atingir os meus objectivos... objectivos esses que mal ou bem tenho atingido. Nunca pisei ninguém, nunca sobrepus os meus interesses em detrimento dos interesses dos outros, muito menos daqueles que me diziam algo.

Chamem-lhe falta de modéstia, chamem-lhe vitimização, mas por ventura foi por essa razão que nunca me senti enquadrado no que me rodeava. O mundo em que vivemos não é para os fracos de espírito. Ninguém dá nada por ninguém. Toda a gente quer apenas receber. Será de espantar que apenas os mais filhos da puta se safem e prosperem? Sinceramente... será que ainda há alguém surpreendido com isso?

Se não os podes vencer, junta-te a eles, é o que dizem... sei que está na altura de mudar, largar tudo o que me prende e lutar por mim, pela minha vida, pelos meus objectivos e ambições. Nas palavras duma pessoa com uma sabedoria para além da idade que tem, lol, meter tudo num grande saco preto e colocá-lo bem longe da vista...

Hoje, tudo muda... *

domingo, 9 de novembro de 2008

No, it's never going to be that simple.

Perspective. It all comes down to it. There are no clear cut successes, failures. To achieve something, you'll always need to give something in return. That's an implicit rule in all our lives, one we rarely think about. When we do get something we want, if you stop and think, you'll realize how much you've let go, you've sacrificed. In the end, it may very well not have been worth it.

I've been holding myself back. I've grown tired of it. This week I'm taking the first big step towards what I expect to be a better, brighter future. There's no reason for me to be wandering aimlessly through life. I may not be all I wanted to be, I may never be all I could be, but now is not the time to be thinking about why that is. Change is coming.

Yet, I still miss you...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Did you know...?

My hands shake clasped with fear, as you come near.
To say goodnight, just like a dove, a peaceful sign.
To help us by, as you come in, let this begin.
Stars fall like dust, our lips will touch, we don't speak too much.

Did you know, that I love you?
Come and lay with me.
I love you, and honestly.
I love you, you make me feel alive.
And I'll love you, until the end of time.

I've got a lot to say, if you will let me.
It's always hard, when you're around me.
But here right now, I hope there's interest in your eyes.
So hear me out, and hear this like the first time...

...that I love you.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

"O coração guarda o que nos escapa das mãos."

Não acredito no destino. Não acredito que o nosso futuro esteja pré-concebido. A beleza da condição humana está no difícil equilíbrio entre o que conseguimos atingir enquanto pessoas, enquanto indivíduos e a gestão de todas as opções que fomos tomando, todos os caminhos que escolhemos ou não e todas as consequências que essas opções provocaram.

Por muitas vitórias pessoais, por muitos marcos profissionais, académicos que eu atinja, é bastante claro que nunca tive uma vida equilibrada. Nunca geri muito bem a minha própria vida. Nunca ultrapassei o facto de ter sofrido durante anos injustamente. Mais do que isso, nunca aceitei que foi tudo em vão, que tudo à minha volta seguiu calmamente o seu percurso e eu fiquei preso, preso por um sentimento, por um princípio. Tenho noção que não fiz nada de mal, tenho noção que fui usado. Sempre acreditei em justiça, fosse ela na forma que fosse. Nessa circunstância particular da minha vida, não houve justiça. Custa-me relembrar tudo o que passei, tudo por questões irrelevantes, tudo porque assumi princípios que mais ninguém tinha, tudo porque quis mudar um mundo que não queria mudar...

Muito do que me atormenta hoje vem daí. Enraizei uma desconfiança natural das pessoas, tornei-me uma pessoa muito mais reservada, muito mais introvertida. Inconscientemente, a minha personalidade evoluiu nesse sentido para me proteger. Não deixei mais ninguém entrar no meu pequeno mundo...

...até ter assumido um risco. Apaixonei-me. Sem perceber porquê, sem perceber como. Não foi uma opção consciente. Também não esperava que fosse, não acredito em condicionalismos no que toca a amor. Quis lutar por isso. Ganhei uma causa, um propósito, como nunca tive. Esforcei-me, julgo que fiz tudo o que devia ter feito, tudo o que estava ao meu alcance para tornar a vida dela melhor. Cresci enquanto homem, aos poucos ultrapassei medos, comecei a ganhar outra vida. Estava feliz.

Não tenho arrependimentos. Queria e quero vê-la bem. Sinto-me magoado, desiludido, confuso, triste... atirado novamente para um local da minha vida de perfeita incerteza e solidão. Não esperava mesmo cá voltar, mas a verdade é que cá estou. Continuo sem saber muito bem porquê. Não era, de todo, necessário. Às vezes bastam pequenas coisas para fazer uma grande diferença na vida de quem nos rodeia. Custa-me aceitar que falhei novamente, que confiei, entreguei tudo a quem eu julgava merecer...

Estamos sempre a aprender...

O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição.. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

http://macasdetopo.blogspot.com/2008/10/elogio-ao-amor.html


quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Throwing it all away.

"Don't be reckless with other people's hearts. Don't put up with people who are reckless with yours."






segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A not-so-clear view of the world.

Porque é que havemos de fazer com que tudo seja sempre difícil? Será que tudo tem que ser um problema? Porque é que quando deparados com uma qualquer situação fora do comum, o primeiro instinto que temos é encará-lo como um problema e não como uma oportunidade?

Contra mim falo. Neste meu idílico mundo, tudo deveria ser simples, mas não o é. A minha dúvida existencial por excelência nunca foi o que devia fazer. É, sim, como lá chegar. Porque as minhas inseguranças e preocupações com tudo e com todos assim o ditavam, muito ficou por fazer ao longo do tempo.

Sei disto tudo e ainda assim hoje sinto-me consumido por memórias do que foi e do que poderia ter sido, consumido por sentimentos que me ferem. E ao mesmo tempo... não sinto absolutamente nada. Neste paradoxo agoniante, a vidinha segue, lentamente... Triste golpe do destino.

Oportunidades não faltarão, mas estaria a mentir se dissesse que tudo é definitivo, se dissesse que uma parte de mim não tem uma ínfima esperança dum milagre qualquer...


...I look at you, and I see my world...

Be careful what you wish for.

...

"Num momento, num olhar, o coracao apanha-se para sempre. Ama-se alguem. Por muito longe, por muito dificil, por muito desesperadamente. O CORACAO GUARDA O QUE NOS ESCAPA DAS MAOS."

(http://macasdetopo.blogspot.com/2008/10/elogio-ao-amor.html)

When it rains...

And when it rains,
On this side of town it touches, everything.
Just say it again and mean it...
We don't miss a thing.

You made yourself a bed
At the bottom of the blackest hole...
And convinced yourself that
It's not the reason you don't see the sun anymore.

And oh, oh, how could you do it?
Oh I, I never saw it coming.
Oh, oh, I need the ending.
So why can't you stay
Just long enough to explain?

And when it rains,
Will you always find an escape?
Just running away,
From all of the ones who love you,
From everything.

You made yourself a bed
At the bottom of the blackest hole...
And you'll sleep 'til May
And you'll say that you don't want to see the sun anymore.

And oh, oh, how could you do it?
Oh I, I never saw it coming.
And oh, oh, I need the ending.
So why can't you stay just long enough to explain?

Take your time.
Take my time.

Take these chances to turn it around.
Take these chances, we'll make it somehow
And take these chances to turn it around.
Just turn it around.

Oh, how could you do it?
Oh I, I never saw it coming.
Oh, oh I need an ending.
So why can't you stay
Just long enough to explain?

You can take your time, take my time...

Paramore - When it rains (http://www.youtube.com/watch?v=sceqS3XrTlg)

domingo, 26 de outubro de 2008

Food for thought...

You live, you learn.

É impressionante quanto tudo pode mudar em tão pouco tempo. De facto, estamos sempre a aprender. E eu tenho... imenso.

Não tenho arrependimentos, mas tenho mágoas. Hoje questiono se haverá alguma razão para confiarmos em alguém, para além de nós mesmos. Questiono se não serão os cínicos e os hipócritas que afinal estão correctos. Questiono se grande parte das pessoas "ditas" infelizes que conheço não estarão assim por culpa própria e pela estupidez dos seus actos.

Ninguém quer ser feliz, concluo. Todos dirão que sim, mas ninguém o quererá realmente ser. Quando deparados com uma oportunidade para o serem, inexplicavelmente, irão sempre arranjar uma justificação descabida para não a aproveitarem.

Concluo que não vale a pena pensar nos outros, porque os outros não vão pensar em nós. É uma pura ilusão pensar o contrário.

Vivemos numa sociedade de cinismo, hipocrisia e egoísmo. Mas não atiremos as culpas para "a sociedade". A sociedade é o que fazemos dela. E ninguém, ninguém mesmo se esforça por mudar o que quer que seja. Continua toda a gente muito bem, a viver as suas miseráveis vidas, cada um na sua "bolha". Temos o que merecemos.

Normalmente vivo preocupado com tudo e com todos. Hoje, não quero saber. Hoje viro uma página, regresso ao meu antigo "eu" e vou meticulosamente reconstruir o que meros dias destruiram e que tinha levado anos a erguer.

Não vale a pena tentar mudar o mundo. *

sábado, 25 de outubro de 2008

You've hit your one wall, now find a way around.

"E só nos faz perder o bem que poderíamos conquistar, o medo de tentar!"

E pouco mais há a dizer...

Talk yourself up, tear yourself down...

No matter what I do, I'll always feel like I could have done better.

That phrase pretty much defines my state of mind right now. I hoped this week could have been better. I was really positive about it, I went to great lengths to make sure I did things the way they were supposed to. Somewhere along the way, I could've done better.

I feel bitterly disappointed. My feelings are pure, all my actions, while some may have possibly been inappropriate, were taken with the best of intentions (and I really mean this). I have no regrets other than not understanding why I'm failing, why I can't be like I was weeks ago.

I want to believe nothing is lost forever. I really want to believe we can find a way around this. I'm trying to be positive, I'm trying to change, but it takes two to dance...

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

The open road of love and life...

Life has generally been good to me. I can't always see it that way, but deep down, I know it has. Thankfully, I have everything I want, I can do just about anything I please, I can go anywhere I like.

Still, there was always a missing piece. Strong-minded people will always tell you that if you have everything like I described above, you just can't be missing anything. That is simply not true.

There are things you just can't buy, you just can't achieve like that. Some people, myself included, may have "everything", but they don't have what matters the most to them, affection, love.

I recently found love... and it was all I ever wanted to find. I felt "whole", for the very first time in my life. Things suddenly had a meaning, a purpose. I could actually start building the life I wanted for me. Things were looking up.

I deal in absolutes, like I mentioned here before. When I say I love someone, I do, no doubt about it. I just don't play around with something that means the world to me. So, when I say someone "is the world to me", while I may actually be implying that that person is my life, that simply isn't the case. What I actually mean is, emotionally, that person is the single, most important thing in my life and is the basis for a life I wanna build for myself, a life I want shared with said person.

For months, I fought to have my love acknowledged and I finally felt loved, cared, important in someone's life, an integral part of it.

For the most various reasons, it was always hard on me. I come from a long time of solitude, of supressing feelings for fear of being let down, of being hurt and damaged in ways I have before. Slowly, I was overcoming these issues, I was finding my place in my world, in her world. I was, truly, deeply happy. I think she was too.

Everything is different now, and I'm lost and hurting.

Very few people will understand where I am right now...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Opções...

Dia de contrastes. Sempre soube que tudo é relativo, apesar de nunca o assimilar por completo. O nosso estado de espírito provém apenas da forma como interpretamos os estímulos que nos rodeiam, da maneira como queremos ver as coisas. Sei que carrego fardos que não são meus. Um a um, vou aprender a deixá-los cair. Ninguém espera de mim tamanho esforço, preocupação. À chegada, quem gostar de mim compreenderá. Aliás, toda a gente me compreende melhor do que eu! :)

Estou bem. Não há nada como uma leve e gelada brisa duma noite de Outono para colocar tudo em perspectiva.

Dois caminhos se abriram hoje à minha frente... tenho muito para ponderar. Mas por incrível que pareça, estou certo que vou tomar a decisão certa :)

domingo, 19 de outubro de 2008

So what did you think I'd say?


I'm at a place and time in my life where I can safely say I've felt almost everything I could've felt by now. This weekend was a small display of such a wide range of emotions, all crammed into two otherwise ordinary days. I cried, I laughed, I had my fair share of sadness, I had my fun. Above all else, I grew. Hard to explain how, but I felt real change in me, in the way I deal with the things that concern me the most. Strangely, I felt valued, I felt people cared for me, I realized I'm not that horrible person I always think I am. In a weird way, the past couple of days lifted me up, instead of tearing me down like they were supposed to.

Yes, I'm not out of the woods, yet. But I am longing for this next week. I actually feel good about it, I'm really, really hopeful I can pick up the pieces that were shattered last week and put it all together again. I really want to, I really believe I can do it.

I know what I want. For once in a long time, I'm not letting my fear take the wheel and drive me into a corner. I know what I want to do, even if I don't know if it'll be possible to achieve. I'm aware of the possibilities, the harsh realities I may yet have to face, but I'm not running away.

Life may be unfair, but I'm actually hoping it will be unfair in my favour this week... here's hoping!

sábado, 18 de outubro de 2008

I just don't want to miss you tonight...

Anestesiado...


...é como me sinto. Todos os dias somos deparados com opções, relevantes ou não, pequenas ou grandes. Sempre soube o que queria, nunca soube como lá chegar. Confiei que, um dia, me ia deparar com a estrada correcta, a que me levaria exactamente onde queria. Hoje sei que a encontrei. O problema é que, em vez de ser a auto-estrada que eu imaginava, é um autêntico caminho municipal, com todos os tradicionais buracos no asfalto, entroncamentos sem sinalização, arbustos a cortar a visibilidade e curvas muito sinuosas.

Surpreendeu-me, não estava à espera de tal. Não estava preparado, despistei-me. Estou a tentar refazer-me do choque... sabe quem me conhece que eu adoro conduzir neste tipo de estradas e não vai ser um pequeno precalço que me vai impedir de seguir o meu caminho.

Metáforas sobre caminhos municipais à parte, tenho esperança! :)

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A vida em tons de cinzento.

Não há nada na vida que seja inteiramente bom ou mau, preto ou branco. Em vez disso, é mais correcto falar em tons de cinzento. Todas as decisões que tomamos, num plano ético, moral, são inteiramente dependentes da forma como compreendemos as convenções da sociedade que nos rodeia, como apreendemos os valores que nos foram incutidos no seio familiar e como evoluiram ao longo dos anos. O que para nós pode ser claro, pode não o ser para outros.

Sempre acreditei nisto, mas como pessoa de absolutos que sou, não gosto de ambiguidades. Não sou avesso ao risco, mas não gosto de incerteza. Gosto de saber porque é que as coisas acontecem. Posso não concordar, porque as decisões que tomamos são intrinsecamente "cinzentas", mas gosto de compreender o porquê.

Hoje, aqui e agora, num pequeno ataque de egoísmo, acho que merecia não estar na incerteza. E bastava tão pouco para não estar...

Don't hold too tight...

We all live our lives looking for something. What do you do, what are you expected to do when you find such a blessing? Do you hold on tightly to it, afraid it will get away? Or do you calmly, gently let it sink into your life, welcoming it, appreciating it with a smile on your face and warmth in your heart?

It's supposed to be easy. If you hold on tight to something, it might not get away, but you'll squeeze the life out of it. You might not even realize what you're doing until it's done.

When something unexpectedly good happens in your life, there's excitement and there's fear. At the same time you're feeling overwhelmed with happiness, you're vulnerable and the smallest things can tip you out of balance. The unfortunate truth is most of us don't really know what to do when presented with a good thing.

I know I got it wrong and I'm sorry...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Descobertas...

"No matter what you dream, when morning comes, reality intrudes and any dream begins to slip away."

A minha vida sempre foi marcada por altos e baixos... como a de todos nós, presumo. Mas a minha teve sempre um aspecto dramático na forma em como tais eventos se sucediam. O resultado prático disso? Fui mudando consoante eu lidava (ou não) com cada um desses momentos.

Nos últimos anos julguei que já sabia tudo o que havia para saber sobre mim. Acreditei que já não me podia surpreender, que já sabia quem eu era e o que conseguia ser para toda a gente. Da mesma forma que passei anos a controlar firmemente as minhas emoções, quis crer que jamais algo me poderia passar despercebido. Foi arrogante da minha parte e estava, obviamente, enganado.

Descobri afinal que ainda tenho muito para aprender...