terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Considerações sobre a amizade.

Ontem uma pessoa entendida na matéria disse-me: "Se hoje tirássemos de circulação as benzodiazepinas no mundo Ocidental, iria ser muito pior do que a crise financeira mundial". Na altura achei piada e a frase ficou-me no pensamento.

Vivemos vidas complicadas nos dias de hoje. Cada um carrega o seu fardo, cada um tem os seus problemas, sejam familiares, afectivos, profissionais, de circunstância ou crónicos. Podemos argumentar que há problemas mais graves do que outros, mas também que há pessoas mais resilientes do que outras e que cada um enfrenta as suas dificuldades como pode e como as percepciona.

Conseguiríamos todos ter uma vida melhor se as pessoas encarassem os outros com amizade e compaixão. Já o disse aqui e repito, estes últimos meses foram importantíssimos para mim no redescobrir do poder da amizade verdadeira e pura, em descobrir quem me é importante e quem não é. Tenho uma concepção muito estrita do que é "ser amigo" de alguém. Acima de tudo, é estar lá para essa pessoa, não importando a circunstância, o momento, a razão. É-me totalmente inconcebível a ideia de podermos virar costas a um amigo, abandoná-lo por qualquer motivo irrelevante.

Todos erramos, já desiludi e já me desiludiram. Nunca fechei a porta a ninguém porque gosto de pensar que também gostava que me dessem a oportunidade de me redimir, fosse esse o caso. Mas tenho os meus princípios e não volto a ter confiança em quem me desiludiu quando não há razão para tal. Concretamente e sendo muito franco, há pessoas que entram e saem da nossa vida e isso acontece sempre por uma razão. Se saem das nossas vidas, sem nenhum motivo de maior importância, é porque há uma diferença fundamental na maneira de ver as coisas, na maneira de encarar a vida e os outros. Hoje sei que muita gente saiu da minha vida porque, de facto, não temos nada em comum. Não partilhamos dos mesmos valores, não encaramos a vida da mesma forma. Como também já o disse e repito, hoje encontro-me rodeado de amigos verdadeiros, que sempre me ajudaram incondicionalmente e que sempre estiveram lá para mim. Nunca os abandonarei e essa é uma promessa que faço a mim mesmo. E considero-me um homem de palavra. ;)

Em particular para uma amiga especial, sempre te disse que nada voltaria a ser como dantes. Espero que saibas que nunca permitirei que tal se suceda...

;)*

Sem comentários: