segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Resposta ao teu pedido... ;)*

A vida é feita das pequenas coisas e às vezes isso escapa-nos. Esperamos grandes momentos de felicidade e vivemos ignorantes do facto de que as mais pequenas coisas nos desestabilizam com (muita) facilidade.

No meu pragmatismo actual, vivo perfeitamente feliz a apreciar todas as pequenas coisas da vida que me são importantes. E essas coisas variam de um olhar, um sorriso de alguém especial, até ao apreciar de uma tarde pachorrenta e sossegada de fim de semana. Vivo sem o peso na consciência de outrora, de todo o sofrimento despropositado e desnecessário causado por momentos de estupidez, por erros próprios e por pessoas que não merecem a minha consideração. Dito isto, não sou indiferente a todas as pessoas que passaram pela minha vida e me magoaram, desiludiram ou fizeram sofrer de alguma forma.

Como costumo dizer, cada um escolhe o seu caminho, cada um tem de o descobrir por si próprio. Às vezes o caminho que escolhemos pode magoar alguém, eventualmente alguém que nos diz muito. Nesses casos, o ideal seria que tivéssemos a humildade de admitir que erramos e que poderíamos ter feito as coisas de outra maneira. Mas também há que compreender que, por vezes, isso não é possível. As nossas vidas funcionam duma maneira que é extremamente improvável que não choquem umas com as outras, de alguma forma, a uma dada altura.

Quando digo que não me são indiferentes, digo-o por acreditar que se em tempos essas pessoas me foram importantes, o sentimento que tive para com elas nunca irá desaparecer completamente. Mal ou bem, as pessoas, os sentimentos, as situações marcam-nos. É normal que assim seja. O que é importante é aceitarmos o que nos vai acontecendo e tirar as devidas lições para o futuro.

Não é por uma relação amorosa falhar que o mundo acaba. Há que aceitar que, por vezes, duas pessoas não foram feitas uma para a outra. E não deve haver medo de arriscar, porque senão, nunca saberemos o que poderia ter acontecido ou se aquela pessoa era mesmo a "tal". Claro que isto não é assim tão linear. Há sempre complicações. Mas se uma relação falha, qualquer que seja o motivo, há que ver o lado positivo. Sim, perdemos alguém que amávamos, mas sabemos que não era com aquela pessoa que era suposto nós estarmos e que iremos um dia ser muito mais felizes.

Da mesma forma, há grandes amizades que desvanecem e acabam. É um facto, dificilmente iremos manter um grande número de amigos por muito tempo. As pessoas mudam (ou revelam-se, consoante o que cada um acreditar), as circunstâncias mudam. As pessoas entram e saem das nossas vidas, é algo que nunca poderemos controlar, seja qual for o motivo.

O que eu retiro de bom das pessoas que deixaram de fazer parte da minha vida é muito simples... aprendi com elas. Aprendi que há pessoas nas quais podemos confiar e outras não. Aprendi que o meu excesso de zelo no que toca a não errar apenas me torna mais susceptível a meter mesmo a "pata na poça". Aprendi que as pessoas tendem a desiludir-nos e que temos de saber perdoar. Aprendi que há pessoas que nunca iremos compreender. Aprendi a dar o devido valor aos meus verdadeiros amigos.

Por muito que estas situações nos abatam, temos de pensar em nós próprios. Temos de pensar que temos uma vida inteira pela frente, cheia de oportunidades e que o tempo que perdemos a sofrer por qualquer motivo é tempo perdido. Há sempre um motivo para sorrir, sempre.

E se um dia tiveres que sofrer, ao menos sofre por quem merecer tal sentimento...

;)*

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