sábado, 21 de fevereiro de 2009

Never back down

Sempre me ensinaram que não devemos desistir dos nossos sonhos, que devemos lutar por eles. Sempre me deixei levar por causas, tendo-me entregue de corpo e alma a todas elas. A vida não tem sentido se não tivermos uma razão que justifique o facto de aqui estarmos, uma razão que transcenda a nossa própria existência. Pelo menos foi sempre assim que pensei, foi um princípio que sempre me guiou.

Não ter uma causa sempre implicou que eu me sentisse perdido, sem propósito. Vivo do que me rodeia, do que me dão, até mesmo dos problemas e dificuldades de quem me diz algo. Tristemente, nunca vivi para mim mesmo, nunca me interessei particularmente no que me dizia directamente respeito. Moral da história, nunca tive uma noção individualista do meu ser, simplesmente porque eu, sozinho, não sou nada. Podemos debater os prós e os contras desta minha muito particular abordagem à vida, mas a verdade é que hoje me encontro numa situação nova para mim, totalmente desenquadrada desta minha tão típica filosofia de vida.

Continuo a sentir todo o tipo de situações que me rodeiam e me dizem mais ou menos respeito, mas sei que não posso mudar o mundo. Gostava de ser capaz de poder resolver todos os problemas, de toda a gente que me rodeia, mas hoje, mais que nunca, tenho noção das minhas limitações. Mais do que isso, talvez, sei que não é bom para mim sequer aspirar ter essa capacidade. Cada um tem de saber o que quer da vida, tem de saber como lidar com os seus próprios problemas. Os amigos são para dar apoio, para ajudar no que for possível, mas nunca para serem a solução para tudo. Adoro os meus amigos, faço tudo o que estiver ao meu alcance por eles... mas não posso fazer disso a minha missão de vida.

Tenho o meu caminho a percorrer. A amizade, o amor, serão sentimentos que estarão sempre comigo e que influenciarão mais ou menos a forma como eu o trilho, mas não podem ditar todas as direcções que tomo. Quem quiser caminhar comigo, quem quiser partilhar um caminho comigo, só tem que o dizer, cá estarei para isso. Mas neste momento não abdico dos meus interesses apenas para me colocar numa posição fragilizada, dependente de terceiros, à espera de levar mais um empurrão e ser deixado em mau estado. Mais do que nunca, acho que estamos todos numa altura em que devemos pensar muito, muito bem no que queremos da vida e devemos aproveitar as imensas oportunidades que se apresentam à nossa frente. A felicidade e o bem-estar estão por toda a parte nas nossas vidas, acessíveis a qualquer momento, bastando que para isso estejamos abertos.

Tenho os meus sonhos, as minhas aspirações pessoais, afectivas, profissionais, mas não vivo mais em função deles, não me iludo mais.

"A man cannot reason with the woman he loves. He cares too much about her..."


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